Felizmente, para o
melhor… Um apartamento maior, com mais espaço para a Elis, espaço para ela
correr e brincar muito… Um lugar mais acolhedor em que podemos receber nossas
famílias e amigos, e até hospedar gente querida!
Mas apesar disso tudo,
me sinto nostálgica sobre a mudança. Que fique claro: sempre quis essa mudança,
e o apartamento que encontramos é realmente muito legal, perto do trabalho, e
tudo mais. Mas a nostalgia das lembranças de todos os acontecimentos que
passamos nesse apê daqui estão me trazem muitas emoções, e aos poucos tento ir
me despedindo deste lugar que fez parte dessas experiências... Claro que as
lembranças ficam! São nossas! E fazem parte do que vem no futuro.
Mas enquanto me
preparo para dormir nossa última noite aqui, não consigo parar de pensar…
Que
aqui foi o lugar em que a nossa filha querida nasceu (no seu próprio quarto
pequenino, numa piscina inflável que só coube no quarto quando tiramos o berço
e a cômoda!), onde ela deu seu primeiro chorinho, onde nós a abraçamos e
beijamos (muito) pela primeira vez. Onde ela tomou seu primeiro banho de balde
– e depois, de chuveiro, chuveirinho e banheira (nesta ordem, ao longo dos
meses). Foi aqui que as mamães de primeira viagem sofreram (demais) com as
cólicas diárias, e se alternavam no balancê e nas cantorias para tentar dar
algum conforto àquela nenêzinha sofredora (não sei quem sofria mais...). Aqui,
muitos sorrisos, muitos carinhos, alguns chorinhos, dentes que nasciam,
primeiras palavras e comunicações. Aqui ela começou a engatinhar, e depois deu
seus primeiros passinhos – já querendo correr! As primeiras palavras se
proliferaram rapidamente e começaram a fazer mais e mais sentido, agora já
encadeando algumas palavras em sequencia... Por vezes temos verdadeiros
discursos – em que não entendemos muita coisa, mas a vontade de falar é tanta,
que não importa!
Aqui também as
primeiras birras, os primeiros beijos, os “taus” (=tchaus), o apertar o botão
do elevador... O andar de mãos dadas na garagem com a boneca, já que na garagem
não pode andar sozinha (detalhe: nós também tínhamos que dar a mão para a
boneca). As danças ouvindo musica e começando a cantar, e a bater palma, e pé,
e roda roda roda, caranguejo peixe ÉÉÉÉÉ... E o sapo “lu lu” (=cururu)... E os
diminutivos – colinho, suquinho, lelezinho (=leitinho), maisinho (diminutivo de
“mais”), essinho (diminutivo de “esse”)...
Aqui o nosso amor de
mães cresceu a cada dia, e nos maravilhamos de ver esse serzinho em formação,
tomando suas primeiras decisões e fazendo escolhas (e como é decidida esta
menininha!), e nos surpreendendo a cada dia, ao mesmo tempo em que a cada dia
nos traz novos desafios e novas questões... A biologia é mágica mesmo, e a vida
em família, mais ainda!
E assim nos despedimos
do lugar que foi palco de muitas dessas experiências, e que sempre fará parte
da nossa história... E partimos a continuar nossas aventuras em outro palco –
com espaço físico e no nosso coração, para muita gente, muitas experiências, muitas participações
especiais, muito carinho e muito amor.
Até lá!
Bel (Aggy e Elis)