Frequentemente ela fica falando "papai" ou "pai", principalmente quando tem algum amiguinho por perto chamando pelo pai. E nós sempre falamos: "Isso Elis, esse é o papai de fulano" ou "O vovô é o papai da mamãe", "Você não tem pai, você tem duas mamães que te amam muito".
Na verdade, eu não concordo com essas festinhas de escola. Idealmente elas não deveriam existir. Sempre vai ter alguma criança que vai ficar magoada... Talvez deveríamos comemorar o "dia da família" (ou nem isso porque em uma das escolas em que trabalho existem crianças do abrigo, que não tem família nenhuma...). Também acho que esses dias se tornaram mais um evento consumista (assim como dia dos namorados etc..). Prefiro comprar um presente pros meus pais, ou pra Bel, quando eu tiver vontate.. e nestas datas comemorativas a gente comemora com muito carinho, junto com quem amamos, sem presente.
Acontece que o nosso mundo não é pefeito. O mundo não vai mudar agora... nem nos próximos 5 anos... então a Elis vai crescer convivendo com o "dia dos pais", todo ano. Mesmo se eliminarem a festinha da escola, o "dia dos pais" ainda vai existir. E mesmo se o dia dos pais não existisse, a figura "paterna" continuará existindo, não é verdade? O importante é ela ter auto-confiança suficiente pra saber que é muito amada pelas duas mamães, e que pode comemorar (feliz!) o dias dos pais com o vovô, com o titio e com os amiguinhos que tem pai!
