Planejando a gravidez - e o PARTO?!

Oi gente, aqui quem escreve é a Bel, diretamente dos EUA no dia em que completamos 16 semanas de gravidez! Queria ter a minha esposa aqui do meu lado pra comemorar mais essa semana, mas ainda estamos fazendo isso virtualmente... Que saudades, viu?!

Bom, acompanho sempre o blog, embora não me manifeste muito publicamente. E é muito legal sentir que tem um grupo grande de gente nessa situação – se não agora, mas sabem que querem passar por isso num futuro próximo! E vou dizer, que no começo a única coisa que a gente consegue se preocupar é com o “ficar grávida”... Como fazer para o timing ser perfeito a ponto de acontecer a fecundação, e daí a torcida para que a vidinha que se formou faça sua casa confortavelmente na nossa barriga, para que aí fique pelos próximos meses! Como vocês viram nos outros posts, a gente pesquisou muito sobre essa primeira etapa. Agora que meio que passamos essa fase inicial (ufa!) e estamos continuando nossa aventura para a maternidade, outros assuntos vêm a tona, e muitas outras decisões pela frente!

Por exemplo – a escolha de como queremos que seja o nascimento... Para ser sincera, esse não era um assunto que eu pensava muito não... E ao contrario da Aggy, nunca tive um fascínio pelo momento do parto – pelo contrario! Toda vez que pegava ela assistindo esses programas da Discovery Health com histórias de parto (o que pode acontecer umas 3 vezes por semana!), das mais comuns às mais escabrosas, eu sempre ia fazer outra coisa, ou certamente fechava os olhos na hora do momento crucial!!! Não gosto de sangue, nem de ver toda aquela coisa saindo junto com o bebê! Mas eis que agora (talvez no ultimo mês) tenho visto isso com um pouco mais de naturalidade... ainda bem, já que estamos nesse caminho!

Pois é, uma das decisões que vêm nos atiçar agora é: como ter o bebê, como vai ser o nascimento? Claro que as coisas não serão exatamente como planejamos, mas parece necessário que as mães (ou pais) façam um planejamento da situação ideal do nascimento – para ter um objetivo, uma meta que se tenta alcançar ao longo da gravidez. Há mulheres que por necessidade de saúde, cirurgias prévias, posicionamento do bebê na hora “h”, etc, precisam ter cesárea, por exemplo. Há também as que optam por fazer a cesárea antecipadamente – por não quererem passar pela “dor” do parto ou outros motivos pessoais. Temos pesquisado bastante na internet e vendo documentários, e também conversado com nossa medica, e o que parece claro é que 95% das mulheres PODERIAM ter parto natural (vaginal), um numero que contraria claramente as estatísticas no numero de partos por cesárea que acontecem em alguns países – particularmente nos EUA, e pelo que ouço falar, também é uma tendência grande nos hospitais particulares do Brasil. Com algumas exceções (os 5%) o corpo das mulheres é feito para ser capaz de engravidar, manter a gravidez e realizar o parto com mínima intervenção medica. Não, gravidez NÃO é doença! É parte da nossa fisiologia normal! E a recuperação e a saúde da mãe e do bebê são muito melhores quando o parto é normal também.

Com base nesse principio, há varias campanhas para valorizar o parto normal e valorizar a participação ativa da mulher na escolha de como vai ser o nascimento. Fiquei feliz ao achar alguns sites também no Brasil sobre isso (vejam abaixo). Bem, esse certamente é o plano que temos para o nosso bebê. Queremos ter parto normal, e com mínima intervenção medica (dentro do possível) – o que eles chamam de “parto natural”. Existem até cursos para preparação para esse momento, focando em técnicas de respiração, concentração e relaxamento. No nosso caso, a idéia seria tentar ter o parto SEM anestesia, e para isso estamos fazendo um curso de “hypnobirthing”, ou hipnonascimento, o método da Marie Mongan. São 5 aulas que discutem essa questão do parto normal e natural, e que dão algumas ferramentas para que as mães consigam passar pelo nascimento de maneira mais tranqüila e consciente. Sei que prometemos falar sobre isso nesse post, mas como ficou muito longo, vou deixar pra falar só sobre isso no próximo, ok?

E só pra dar uma mudada no tom... Minha mãe contou para uma amiga dela pelo telefone que iria ser vovó, e a amiga dela perguntou, com alegria e naturalidade: “Ah é, de qual das duas?” ADOREI! Uma pergunta tão simples, que implica tanta coisa no nosso mundo, né? 1) Pressupõe que minha mãe vai ser vovó, seja eu ou a Aggy que esteja carregando o baby. 2) Pressupõe que somos as duas mães, por principio. É isso aí gente! Aos poucos a coisa vai acontecendo!

Beijos e volto em breve,

Bel e baby

Sites no Brasil:

GAMA (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa) - www.maternidadeativa.com.br

Parto do Princípio - http://www.partodoprincipio.com.br/

ONG Amigas do Parto - http://www.amigasdoparto.org.br/

FILME – “The business of being born” (não achei em português, mas da pra ver a versão original em inglês no youtube) – parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=FdsHkZPdSYQ