Friday, June 11, 2010

Escolhendo o doador...


Olá meninas e futura mamães! Hoje foi a nossa primeira consulta na médica. Ainda não deu pra ouvir o coraçãozinho da nossa sementinha, mas a médica disse que ainda é cedo. Estamos com 7 semanas e meia, e nosso bebê já tem bracinhos, perninhas, olhinhos e o coração já está batendo. Ficamos imaginando o quanto nossa criancinha terá do doador... A escolha foi difícil...


Escolhendo o doador

Bom, começamos nossa busca muito tempo antes de inseminar, quando ainda estávamos planejando (uns 6 meses antes). Nos catálogos daqui dos Estados Unidos, você pode escolher baseado em raça, cor dos olhos, cabelos etc... Fomos bombardeadas com muitos números e caratterísticas e não vou negar que a sensação de estar indo às compras foi estranha. Enfim, acabamos por escolher um doador com a carga genética e semelhança física a mim (Aggy). Eu sou mestiça e achamos poucos mestiços-doadores. No final, a escolha acabou sendo mais pela saúde. O nosso doador parecia bem saudável, e sem histórico familiar de doenças genéticas, cardíacas ou câncer. Comseguimos comprar uma foto de quando ele era bebê e achamos a carinha dele simpático.

No nosso contrato, escolhemos um doador anônimo, mas com a condição que eles chama de "indentity release". Isso significa que quando a nossa filha(o) tiver 18 aninhos, ela(e) poderá contactar o doador, e ter acesso à todas informações dele (nome etc...). Achamos isso muito importante, ou seja, nosso baby terá a opção de conhecer ou não o doador.

Quanto a presença de uma figura "paterna" na vida da criança, já foi comprovado que não é necessário. Vários estudos científicos mostram que filhos de pais e mães homossexuais se desenvolvem igual ou melhor do que filhos de pais heterossexuais. Então o que importa mesmo é a criação que vamos dar aos nossos bebês tão amados! Conheço crianças que são frutos de doador anônimo e elas estão muito bem. Sim, é importante para a criança ter exemplos de ambos os sexos, mas isso pode vir de tios, avôs e amigos próximos. Beijos a todas!

Aqui esá a pesquisa mais recente mostrando que Filhos de lésbicas tem menos problemas que de famílias heterossexuais:

Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (07/06/2010) na Pediatrics mostra que, em média, os filhos de casais de lésbicas têm menos problemas de autoestima e confiança, vão melhor na escola e têm menos risco de desenvolver distúrbios comportamentais, como agressividade.

O resultado surpreendeu os pesquisadores, Nanette Gartrell, professora de psiquiatria da Universidade da Califórnia, e Henry Bos, cientista comportamental da Universidade de Amsterdã, como descreve uma reportagem da Time. Eles esperavam encontrar resultados semelhantes aos de pesquisas anteriores, que mostravam que a orientação sexual dos pais não influenciava o desenvolvimento e as relações sociais das crianças. Mas acabaram notando que as crianças que haviam crescido em um lar lésbico, apenas com a mãe homossexual ou com a mãe e sua parceira, tinham melhores resultados em alguns quesitos do que aquelas criadas em lares heterossexuais.

O estudo de Gartrell e Bos acompanhou 84 famílias de lésbicas desde 1986. As mães responderam a questões sobre os relacionamentos, o comportamento e o desempenho acadêmico de seus filhos em cinco vezes, em anos diferentes. Os pesquisadores também entrevistaram as crianças quando elas completavam 10 anos e, quando tinham 17, elas também responderam a questionários sobre seus relacionamentos com os colegas e comportamento.

Crescer numa família diferente da tradicional não é exatamente fácil: 41% das crianças disseram ter sofrido algum tipo de discriminação por causa da situação. Mas o peso do preconceito diminuía conforme as crianças cresciam. Aos 17 anos, elas não eram mais estressadas do que os adolescentes criados em lares heterossexuais.

Os pesquisadores não entenderam muito o resultado da pesquisa – não estavam esperando encontrar qualquer diferença –, mas arriscam uma explicação. “As mães estão mais envolvidas na vida das crianças”, disse Gatrell. “E isso é sempre uma boa receita para garantir um desenvolvimento saudável. Estar presente, conversar sempre, ir à escola, ver o que está acontecendo por lá é muito, muito importante”.

É muito cedo para tirar conclusões sobre o efeito da orientação sexual dos pais na criação dos filhos – poucas famílias foram estudadas e poucos estudos são de longo prazo, como esse. Mas não deixa de ser interessante notar que a maioria das pesquisas não encontrou nenhuma diferença no desenvolvimento de crianças criadas em lares hétero e homo e que o estudo publicado hoje sugere até uma certa vantagem.

Lendo sobre a pesquisa me lembrei do caso de Munira Khalil El Ourra e Adriana Tito Maciel (foto), que tiveram gêmeos e lutavam para registrá-los no nome de ambas. E da decisão do Superior Tribunal de Justiça, que reconheceu o direito de adoção para casais de mesmo sexo.

A Justiça e a ciência estão do lado dos pais de qualquer orientação sexual que sejam capazes de criar com amor e cuidado seus filhos naturais ou adotados.

Mas, ao que parece, uma boa parte população brasileira reluta em aceitar essas novas famílias. Segundo uma pesquisa feita pelo Datafolha e divulgada no começo deste mês, 51% dos brasileiros acham que os gays não devem ter direito de adotar uma criança.

Qual a sua opinião sobre o assunto? O que é preciso para criar uma criança feliz?


3 comments:

  1. Essa historia de escolher o doador me angustia bastante!!! Tipo, me angustia não poder ver fotos, etc, ainda mais que aqui no Brasil podemos escolher poucas opções de características e nem podemos ver fotos de criança! Eu queria muito que aqui tivesse bancos de sêmen como nos EUA.

    Bjos

    ReplyDelete
  2. Nossa meninas, fiquei tão feliz por vocês.
    Qdo quiserem passar férias na bela Curitiba, venham.
    Acompanhamos todos os dias o blog de vocês.

    bjs nas 3

    ReplyDelete
  3. LindoO,... LindoO ki Deus abençoe o amoOr de vcS cada dia mais!! Ki corra tudoO tudoO bem,... felicidades! Keria o MSN de vcs?! Passa ai??

    ReplyDelete